Yara Barbosa, a Pão, uma jovem maceioense inquieta e voluntariosa, estreou na cena cultural alagoana em 2014.
A nova artista plástica e visual veio da rua, do Muralismo, da chamada Art Street ou Urban Sketchers, um movimento que reúne artistas de rua de todo o mundo. Com seus grafites, sprays e performances, Pão também faz uma arte de resistência. “A primeira vez que pintei a rua, levei uma geral da polícia. Não foi por intenção de transgredir, foi coisa de paixão”, relatou Yara.
Seu primeiro grande momento foi em 2018, quando fez parte da mostra Travessias, na Pinacoteca Universitária. “O nome da exposição veio pelo desejo de passar as múltiplas possibilidades da palavra ‘travessia’, literalmente, e de maneira figurada, como a ação de atravessar de lado a lado uma região, ou o ato de atravessar as fases da vida. As divisões pelas cores você vê que é como se elas estivessem divididas em estações, como se fossem fases… E em algumas dessas fases, as histórias se misturam e interferem umas nas outras”.
Já no colégio, Yara chamava atenção pelos desenhos que fazia no caderno. Juntava gente para observar. Mas, seus primeiros desenhos murais, deram-se quando assumiu sua arte urbana de pinturas de rua, com um grupo do grafite, chamado McZCreW.
Na vivência da arte de rua, a artista adotou o codinome Pão como sua assinatura, a qual remete o tempo em que era modelo fotográfica e Miss Pão de Açúcar (AL).
“Lá, as meninas me chamavam de ‘pão’, ‘pãozinho’ e eu achei ‘pão’ muito simbólico”, diz Yara.
Yara também segue suas primeiras experiências com o design, especialidade que abraçou na faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas.
Obras do artista