O artista plástico autodidata e multicultural Suel é – para a arte alagoana – um dos mais inquietos e inovadores símbolos de como a geração 90 está mais viva e contemporânea que nunca. Suel Cordeiro Damasceno brilhou nos efervescentes anos 1990, na cena artística e musical de Maceió, desenhando capas de discos, painéis e cenários, e atuando em bandas de rock.
Nos anos 2000, o artista incorpora o universo onírico e colorido de sua pintura às suas influências do surrealismo de Salvador Dali, da Arte Pop de Andy Warhol, o grafite e a arte de rua, imbricados na cultura e no folclore alagoano. Como resultado dessas experimentações, Suel se torna um dos mais importantes protagonistas da cena artística em Alagoas.
Ao contrário de qualquer estilo, a desconstrução é um elemento constante na arte de Suel, cujas cores fortes, alegres e a fluidez dos traços remetem à Art Nouveau. Com grafite, pincel ou qualquer técnica ao alcance das mãos, Suel leva para a rua a ideia de que o desconhecido não é necessariamente assustador.
Desde criança, desenha e pinta o mundo em volta. Seu marco inicial de artista foi ser artesão e pintor de camisetas, as quais vendia na banca que montou na feirinha da Pajuçara. A decisão de fazer arte aplicada foi essencial para sua evolução como artista.
Uma das pessoas mais importantes para a construção do trabalho de Suel é a sua esposa Carol Gusmão. “Ela é minha curadora, esposa, incentivadora e musa inspiradora há 19 anos”.
Suel não define a função da sua arte, ele considera que a obra tem que ser aberta. “A arte tem que ser aberta. O artista tem que dar tudo de si ao público, tem que deixar alguma coisa para ele imaginar, para ele interpretar”, diz Damasceno.
Obras do artista