Empresária, arquiteta e decoradora, a artista Simone Freitas começou sua carreira fazendo a vitrine de sua loja. Foi aí que surgiu o primeiro cliente, depois uma exposição, e tudo realmente aconteceu.
“Sou uma artista autodidata. Vou pintando, vou criando as coisas de uma forma bem construtiva e vou descobrindo aos poucos a pintura, pois nunca fiz nenhum curso. O fato de ser arquiteta ajuda, por causa do domínio do desenho”.
Formada desde 1991, a Arquitetura no mundo da artista deu um norte à pintura que, de forma profissional, chegou recentemente. Segundo ela, no curso de Arquitetura, por exemplo, a disciplina História da Arte proporciona diversas oportunidades.
Imperativo foi a rendição àquela forca estranha que nascia no olhar, percorria braços e mãos extasiando no fazer das cores e pinceis. Esta demanda é para todo sempre.
“A vontade de pintar já vem de muito tempo, só que é agora que estou conseguindo colocar para fora essa artista, o que tem me feito mais leve, inclusive. Acho que isso já vem de tanto tempo… Essa vontade minha de pintar é muito antiga, mas eu nunca consegui transpor para telas e papel”, pondera Freitas.
Agora, Simone se encontrou em seu traço, no seu trabalho e na sua linha autoral. “Eu consegui colocar para fora esse dom que acho que é de Deus, porque não estudei para isso. Mas é uma coisa que toma conta de mim e que, para mim, é inexplicável a vontade que sinto de pintar, a paz que eu sinto”.
Um dos carros-chefe da artista hoje é a pintura no estilo de azulejaria. Ela usa acrílica sobre tela e, às vezes, papel.
Por enquanto, a primeira exposição individual da artista foi a fase mais marcante de sua carreira artística. Denominada “a(mar)”, a exposição retratou belezas naturais de Maceió, ressaltando o mar e suas relações com o cotidiano, e aconteceu no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA). “Eu comecei a pintar do nada, mas participei desse edital e fui selecionada. Foi um desafio para mim”.
Obras do artista