O decano da arte alagoana, Rogério Gomes, está mais atual do que nunca. Como um dos mais importantes pintores da Arte Construtiva Brasileira, ele volta a ocupar a cena cultural no país, morando e vivendo em Maceió (AL).
No começo de 2020, Rogério apresentou em um dos mais disputados espaços artísticos do circuito das artes nacional – Sesc Pompeia –, sua inédita e polêmica série Coleção Amazônia, com desenhos geométricos e instalações (totens) que remetem à atual situação da floresta e as recentes queimadas que atingiram a região. Para definir o conceito da obra, Rogério viajou três vezes para a Amazônia.
Em termos de importância, o artista repetiu o feito de 2010, quando alcançou sucesso no circuito das artes com a mostra Espaço Reconstruído, na Fundação Memorial da América Latina, em São Paulo.
É um orgulho sem precedentes, apreciar a forca do homem à frente do artista que, em verdade, é o gênio de carne e osso.
No entanto, tudo começou lá trás, em momentos que ajudaram a construir a solidez de sua longa trajetória. O impulso inicial foi dado pela sua professora e também pintora, Maria Aparecida, da escola Rui Barbosa, a qual lhe deu a primeira caixa de lápis colorido e um caderno de desenho. Rogério se habituou a desenhar enquanto escrevia nos espaços vazios da página, quando a professora Aparecida vaticinou: “Seus desenhos eram melhores que sua redação”. “Naquela época, eu pensava: ‘Sou o dono do pedaço’. E aí, nunca mais deixei de pintar”, afirma Gomes.
Sua consagração como artista e valorização de sua obra se deu quando seu trabalho alcançou os grandes colecionadores e galeristas. Antes e depois desse momento, sua obra já circulava em salões e bienais de Paris, Madrid, Itália, Alemanha e Grécia.
“As coisas deslancharam, as oportunidades começaram a aparecer. Tive a certeza que naquele momento eu estava fazendo uma arte contemporânea”.
Obras do artista