O pintor e escultor alagoano Reinaldo Lessa tem seus dias, há mais de 35 anos, dedicados à arte moderna e contemporânea e continua firme na lixa, modelando com as mãos o bloco de fibra que será transformado em um imenso e harmônico objeto de arte tridimensional, daqueles que ficam no alto dos salões ou nos jardins das cidades.
As esculturas saídas da oficina de Reinaldo são feitas de fibra de vidro e coloridas com tinta automotiva. As peças trazem composições esvoaçantes, curvas, ondulações, em nuvens (e ventos esculpidos), quase sempre em um vermelho forte, preto e branco. Sua inspiração são os elementos primários, como o fogo, a água e o ar.
Reinaldo, em seu tempo de jovem pintor, começou na técnica figurativa ingênua, sem interferência de nenhum modelo ou escola. Ao longo dos anos, passou pela modelagem e papel machê, pela cerâmica, pelo vitral, mas mudou definitivamente para o abstrato. “Fui diluindo… diluindo a forma, até que acabou abstrata”, explica Lessa.
Nos anos 1980, Reinaldo Lessa e outros artistas alagoanos partem numa jornada artística para o Rio de Janeiro. Ele passou um bom momento por lá quando fez sucesso no 1º e no 2º Salão de Arte Moderna na cidade. Suas obras circularam por vários Estados brasileiros e, atravessaram mares, chegando em Portugal e EUA.
Se impôs vários caminhos e, em todos eles, fez vibrar a alma das pessoas que fazem esta comunhão com a vida, ao seu lado, vislumbrando formas, volumes e profundidades que encantam e seduzem.
Reinaldo já expôs no Hotel Copacabana Palace, no Rio, New York, São Paulo, Recife, Olinda e Belém do Pará. Maceió, seu berço, não podia ficar de fora.
Reinaldo Lessa possui várias de suas esculturas espalhas pela cidade e algumas delas podem ser vistas no Aeroporto Zumbi dos Palmares e nas dependências no Palácio do Governo.
Obras do artista