O multiartista Judivan Lopes, não gostava do curso de mecânica. Porem aos 14 anos, em uma das disciplinas de Artes do curso, uma professora identificou seu talento para produções artísticas. Ela não só o incentivou a pintar, mas a criar várias outras peças como artista plástico.

“Comecei um trabalho de pintura naquela época. Tentei enveredar por esse caminho e, em seguida, conheci a escultura. Inclusive, fui santeiro durante um período”, diz Lopes.

Judivan foi um dos últimos estudantes discípulos de Antônio Pedro dos Santos, artista barroco de grande sucesso em Alagoas. Com ele, o artista aprendeu as técnicas e os detalhes das esculturas.

Inquieto com suas buscas ele rememora que começou a usar restos de troncos e arame farpado. “Cheguei a fazer uma exposição em 1988, no Museu Théo Brandão. Foi a minha primeira coletiva, na Pinacoteca da Ufal. Dali expandi meus horizontes e segui para São Paulo”.

Há mais de 30 anos o talento indiscutível deste protagonista social permeia a educação, a pesquisa e instalações hibridas de tirar o fogo em expressões sacras e profanas.

Na capital paulista, Lopes produziu alegorias para escolas de samba, esculturas e trabalhos para publicidade. Com graduação, mestrado e dourado em Artes Visuais, no período em que passou em São Paulo, o artista alagoano aproveitou para se qualificar ainda mais, colocando o observador como parte da sua obra.

Obras do artista