Nascido em uma família de artistas, o pintor Heway Verçosa se considera um sortudo por sempre estar rodeado de talentos. “Minhas tias são artesãs, costuram, bordam, fazem de um tudo, e meus tios sempre trabalharam com madeira, ferro e outros elementos”, diz Verçosa.
Natural de Boca da Mata (AL), Heway se lançou como artista visual em 2009 na Mostra de Artistas Alagoanos, promovida pela Fundação Pierre Chalita. Ele faz um retrospecto do seu início de carreira e acredita que a infância, sempre em contato com a natureza, despertou a criatividade visual. Quando no interior, ele conta que passava horas admirando a natureza, apreciando as pequenas coisas, desenhando, usando tinta guache, pontas de lápis e até papel crepom.
“Sempre fui muito estimulado a valorizar essas coisas. Foi meu avô mesmo que me ensinou a amar as plantas, e essa é uma característica forte nas minhas obras”, conta o artista plástico.
Tateando caminhos de expressão, é evidente que uma estrada repleta de glorias será sua viagem, sem muito tempo para usar o acostamento.
Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), apesar de não ter seguido vida acadêmica nas artes, para ele, estar em um lugar onde as pessoas são tão plurais foi muito importante. “Nunca deixei a arte de lado, eu estava no início da minha carreira e focava cada vez mais nisso”, comenta.
Em 2014, Verçosa realizou uma mostra individual no Centro SESI Cultural. “Foi bem importante, porque associei meu nome à uma instituição de peso, que valoriza a arte. Então, a partir desse momento, as coisas começaram a fluir mais. Depois, veio a pinacoteca, que para mim foi extremamente especial”.
A exposição do artista na Pinacoteca da Ufal foi sua segunda mostra individual, composta por variadas artes entre pinturas em tecido, papel, fotografias e até grafismo. “Foi um projeto curado, totalmente amarrado. O meu primeiro projeto mais contundente”.
Obras do artista