Germano Pereira de Lira, codinome Munganga, é um artista plástico nascido em Cedro (CE). O nome Munganga veio da sua infância, quando tinha uma mania de ficar olhando para o Sol, fazendo careta, e sua mãe vivia repetindo, “Menino deixe de Munganga, mania feia”. Quando se tornou artista, a escolha do nome foi uma forma de homenagear a mãe.
Desde pequeno gostava de desenhar, de riscar, ficava desenhando nas aulas ao invés de prestar atenção na aula. Ainda novo participava dos concursos de desenhos, mesmo faltando material. Por ser de família humilde, nem sempre tinha lápis e caneta para fazer seus desenhos.
Em Maceió desde 2014, o artista chegou encantado por um amor. Depois de seis meses aqui, se mudou para Teresina (PI) onde fez seu primeiro curso de artes. Foi nesse curso que teve a oportunidade de conhecer um pouco mais da teoria, teve a primeira noção do que era desenho, pintura, cores primarias, cores secundarias, diferenciação de esculturas.
O artista conta que tentou fugir do regionalismo em suas obras. Em momentos difíceis da vida, ele se sentia aliviado ao desenhar, pintar, colocando seus sentimentos na tela, como forma de expressão, de arte terapia.
Artista profundamente energizado em sua alma criadora trefega por fazeres que evocam anjos e demônios em soba e subtração.
Depois de passar por um processo de depressão, a arte dele ficou mais sincera. Munganga fala que depois de muita luta conseguiu se encontrar e gosta das formas do seu trabalho. “É uma brincadeira interessante, saudável. Minha arte é isso, uma mistura de grafite, de erotismo, surrealismo. Meu caminho na arte sempre teve uma pegada de grafite, sempre que desenhei teve uma ligação com a arte de rua”.
E acrescenta: “Pode parecer clichê, mas é a verdade, é tudo. Sem ela acho que não conseguiria viver, é tipo um refúgio. Minha arte é minha cura”, diz Munganga.
Obras do artista