Em um mix de obras surrealistas e tons coloridos, o maceioense Everson Fonseca se consagrou no mundo artístico por seu traçado diferenciado e ricos detalhes.
Autodidata, ele desenhava desde novo e foi aperfeiçoando suas habilidades com o passar do tempo. Sua primeira exposição foi no histórico Teatro Marechal Deodoro, em 1974. Desde então, não parou mais. Com mais de 30 exposições em seu currículo, o artista celebra cerca de 40 anos de carreira.
Morando em São Paulo (SP), Fonseca conta que teve a mãe, uma verdadeira cake designer, como grande incentivadora e apoiadora. Para melhorar, ele desenhava todos os dias, e sua mãe o ensinou a pintura.
“Foi minha base. Ela dizia que o que tiver que ser será. As minhas primeiras tintas, os primeiros pincéis foi ela quem me deu. A arte nos unia. Por exemplo, ela fazia um detalhe no bolo e me chamava perguntando qual forma era melhor de fazer: ‘Everson, eu faço assim ou assim? ”, diz Fonseca.
Rigoroso com a qualidade de seus materiais, todos importados, está posto entre gigantes no mais concorrido mercado do Brasil.
Hoje, em uma escola, ele passa seus conhecimentos do mundo dos pincéis àqueles que estão entrando na área. Em casa, também ensina sua técnica. “Tudo o que eu aprendo, sempre passo adiante, sem a menor sombra de dúvidas. A mão do artista é única”, afirma Fonseca.
Para o artista, a arte evolui e quem está no processo se desenvolve. “Quando eu ensino meus alunos a pintar, eu sou inteiro, eu passo tudo, sou honesto. Isso eu faço de cátedra”. O artista é consagrado pela Academia Brasileira de Artes, o que configura uma distinção para poucos.
Cada aprendizado, cada momento para Everson Fonseca valeu a pena. Agradece as conquistas e pede ainda mais saúde, para que viva anos à frente e possa realmente fazer mais.
Obras do artista