Sobrinha de Pierre Chalita, a artista plástica Eva Le Campion se enche de realidade para produzir sua arte. Para ela, o processo de produção de uma obra nada mais é do que pintar a vida.
“O que eu vejo, o que eu sinto, o que eu me revolto, o que eu não consigo mudar, eu pinto a vida. O desenho é a única habilidade que me resta para expressar o mundo à minha volta”, diz Le Campion.
A artista contemporânea sofreu duas influências em sua carreira. A da infância foi o tio, Pierre Chalita, o qual deu a ela a estrutura do desenho e o conhecimento da mistura das cores. Outra grande influência foi a do pai de seus filhos, Delson Uchoa. Foi através da convivência com ele que ela começou a trabalhar com o acrílico.
Toda a sua bagagem no mundo artístico foi proveniente dos aprendizados na Fundação Pierre Chalita e também de cursos no Parque Lage, no Rio de Janeiro. Lá, ela teve contato com diversos outros artistas.
Eva se fez senhora de suas expressões artísticas com imenso gabarito que nos invoca sensações e transcendência.
Formada em Letras pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eva Le Campion além de atuar no campo das artes, sempre foi solidária e lutou por diversas causas sociais. Desde cedo, Eva exercia um trabalho voluntário em uma vida dedicada a trabalhos filantrópicos com crianças e adolescentes em risco, e com outros dependentes químicos.
Em 2016, a artista recebeu o Prêmio Camões Luso Brasileiro 2015/2016 por sua trajetória de mais de 30 anos no mundo da arte, pelos seus trabalhos sociais e pela exposição Moira, realizada na Pinacoteca Universitária, em dezembro de 2015.
“A arte é a minha ferramenta, assim como o cimento para o pedreiro, assim como os órgãos para os médicos. Tenho funções com ela, de mostrar o mundo como eu vejo”, finaliza Le Campion.
Obras do artista