José Eduardo Rolim de Moura Xavier da Silva, chega entre os veteranos da pintura alagoana como um dos mais inquietos e
Desde 1970, em São Miguel dos Campos (AL), lugar de pintores consagrados, ele começou com as primeiras lições de arte, pincéis e telas. Além disso, passou pela tórrida geração de 1980, quando integrou movimentos artísticos de renome e lançou suas primeiras exposições.
Até na calmaria do seu momento, entre idas e vindas à Pinacoteca de Maceió, onde ensina canto para estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Xavier continua ao seu jeito, vai balançando as estruturas, sendo aquele que não se enquadra na sociedade, que vive à margem das convenções sociais e determina o seu próprio destino. Assim, o artista vai se acomodando com o tempo, no sentido de experimentar as mudanças em sua pintura.
“Segundo o jornalista e crítico de arte, Romeu Loureiro, deixei as pinceladas sinuosas, que eram a minha marca registrada, quando o meu pincel corria toda a tela, deixando reentrâncias na pintura. Mas o tempo passou e, hoje, me acho mais acadêmico e uso pincéis macios. Antes construía quadros em horas, hoje demoro mais. Tenho mais prazer, uso técnicas renascentistas, movendo as imagens do claro para o escuro, para ter uma sensação de volume. Meu pincel está mais tranquilo e a briga das cores está mais equilibrada”, afirma Rolim.
Ao mesmo tempo que pintava e fazia seu nome nas artes plásticas de Alagoas, Eduardo Xavier exerceu outras profissões, tais como: crítico de arte, professor de canto clássico, com graduação em Canto pela Ufal (1991), e outra graduação em Psicologia (Bacharelado e Clínica), pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (1983). Pela mesma universidade, recebeu o título de Doutor em Literatura, em 2004.
Obras do artista