Maceió tem a cara de Eduardo Bastos, e ele tem a cara de Maceió. Dessa liga artista-cidade, nasceu a arte urbana do arquiteto, professor e desenhista.
Desde a infância e adolescência, Bastos já desenhava e pintava. De seus estudos de perspectiva, luz, sombras, uso da cor e seus efeitos, ele teve a felicidade de encontrar bons mestres, como Pierre Chalita, Salles Tenório e Márcio Lupion, os quais lhe deram ensinamentos valiosos.
Bastos deixou a pintura a óleo por problemas com solvente. Atualmente, ele gosta de experimentar diversas técnicas, como o acrílico, pasteis secos e oleosos, carvão e nanquim. No entanto, sua paixão é a aquarela.
Sua vivência com a arte e a crônica da cidade abriu muitas portas para eventos, exposições e, até mesmo, uma edição do livro “Sketchers do Brasil” (Brasília, 2018), editado pelo Movimento “Urban Sketchers”.
Festejadíssimo entre os artistas, suas aquarelas soberbas são cobiçadas e ele homenageia os seus queridos e aqui e ali, oferecendo um mimo sua lavra.
O trabalho de Eduardo Bastos traz muito do urbano, do interior e das questões sociais como um todo. “Minha inspiração vem do sofrimento humano, das injustiças sociais, do caos urbano”, revela Bastos.
Tintas, pincéis, papéis, sentidos aguçados, visão artística e uma boa dose de talento. O resultado disso são dezenas de pinturas que revelam o olhar do artista sobre Alagoas e a vida.
Bastos continua produzindo e divulgando seus trabalhos, além de dar aulas no curso superior em Tecnologia de Design de Interiores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). “Não costumo planejar muita coisa, mas penso em quando me aposentar, dedicar inteiramente minha vida à Arquitetura e à Arte”.
Obras do artista