Inserida na geração de artistas dos anos 1970, a pintora alagoana Alba Correia estreou de forma gloriosa na cena das artes plásticas brasileiras, ao ser premiada no 25º Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, em 1978.

De lá para cá, ela continua a pintar uma arte ingênua, primitivista, com nuances Naif e, do mesmo modo, enchendo a tela com visões naturalistas, de jardins, flores e borboletas, como se estivesse no paraíso terrestre. Sua pintura expressa felicidade e seu amor atávico pelas flores, retratadas tanto nas telas quanto na vida pessoal.

Alba foi proprietária de uma das primeiras lojas de arranjos florais de Maceió, a Anne Rose, que durante mais de 20 anos teve enorme destaque no mercado, sendo premiada algumas vezes em festivais da cidade de Holambra (SP), o maior centro florista brasileiro.

Em Maceió, deu suas primeiras pinceladas no circuito das escolas de grandes mestres como Rosalvo Ribeiro e Lourenço Peixoto. Para a poetisa alagoana Anilda Leão, “Alba faz uma pintura poética, onde flores e ramos de flores formam matizes de cores suaves e delicadas. E como se fosse uma predestinada, mostra imagens e visões de jardins e de belezas que existem certamente em um mundo mais adiantado que o nosso, já tão cansado de tanta violência”.

Dentro da atmosfera dos jardins pintados por Alba, não há lugar para a figura humana, apenas para a paisagem onírica de grandes superfícies de verdes, azuis: flores, árvores e folhas vermelhas, brancas, amarelas, rosas e o lilás de seus ipês. Alba sempre fez pintura a óleo, mas aderiu à tinta acrílica. Suas obras são marcadas pela simplicidade e franqueza, além da ingenuidade e espontaneidade que lhe são peculiares, características de uma artista que transcende o olhar para explorar sensações.

Obras do Artista