Foi vendo sua mãe pintar, ainda menina, que a artista plástica Laís Lima começou sua trajetória no mundo das telas e cores.

Ela e seus cinco irmãos sempre foram estimulados em diversos aspectos e com rigor educacional. “Minha mãe sempre foi muito delicada, tanto na escrita, sua letra era belíssima, quanto na sensibilidade artística mesmo. Ela nos incentivava a aprender a língua francesa, pela qual era apaixonada”, afirma Lima.

A mãe de Laís, bancária, também escrevia muito bem e fazia pinturas de trabalhos delicados, com traços finos. Foi assim que a artista, observando a mãe, desenvolveu suas aptidões. “Eu cheguei até a pintar com minha mãe ainda em vida. Tive a oportunidade, em 1999, de executar e expor a minha primeira obra profissional sob a tutela e o olhar preciso dela”, diz Lima.

Na pré-adolescência, Laís já trabalhava o seu dom de forma profissional, criando adesivos. “Eu escrevia os nomes bem redondinhos, com letras finas. Sempre tive a munheca muito firme, aí recortava no papel adesivo”,  

Além de filha de artista, sua avó era costureira e também a incentivou no ramo. Isso aconteceu em uma época que Laís dava aulas de pintura em seda e, para melhorar as técnicas, fez um curso de costura. Foi sua avó quem deu sua primeira máquina de costura.

Espírito aberto, sua criatividade entra pelos olhos, impacta as mãos e é essa eletricidade que move o vai e vem do fazer as imagens.

Ela costurava cangas, pintava-as e vendia na praia. Mais um tipo de arte incentivada por sua família. Da areia das praias, Laís passou a expor e vender camisas com releituras de pinturas de grandes artistas, como Pablo Picasso, na livraria Catavento.

A inspiração da maceioense vem do dia a dia, da família, da natureza, da vida em si e das lembranças. Para Laís Lima, ser artista é ser diferente, é viver em outro mundo que não é comum. “É ter sensibilidade, é tentar inserir cor aos corações. Ser artista é ser feliz”.  

Obras do artista