Desenhista, chargista, ilustrador, jornalista e analista político, Ênio Lins começou cedo no viés profissional que o acompanha até hoje.
Desde criança desenhava e, aos sete anos, já começou a fazer charges inspiradas em profissionais alagoanos. Na adolescência, manteve seus desenhos e charges nos jornais dos estudantes.
Formado em Arquitetura, a escolha da profissão aconteceu justamente por conta do desenho. “Achava que ia ser arquiteto, porque desenhava. Mas me formei e não trabalhei na área”, diz Lins.
Ênio é graduado pela Universidade Federal de Alagoas, local que para ele foi sua maior escola em relação à atividade política e militância, as quais, consequentemente, levaram-no ao Jornalismo. “A Ufal para mim foi na verdade uma escola prática de Jornalismo, embora eu fizesse Arquitetura”, afirma ele
Ele começou sua atuação como jornalista ao editar o jornal Boca do Estudante, do diretório central dos estudantes da Ufal. E foi justamente com essa base de formação prática que Ênio trabalhou na Tribuna de Alagoas, passando por um período de experiência e, em seguida, foi contratado como ilustrador e jornalista profissional.
A charge de Ênio é um telegrama (equivalente ao Twitter de hoje), em forma de imagem, uma carga, uma pancada, comunicação imediata feita com genialidade, papel e caneta. Modifica a mídia, mas a essência está lá.
Ênio Lins chegou a participar de três exposições com suas obras. A charge, produto que ele faz há 40 anos, foi por bastante tempo sua prioridade.
“Hoje, eu diversifiquei por uma questão profissional. Então, isso que eu faço, a charge, é a base da minha sobrevivência material, inclusive. É com esse material que tenho sobrevivido desde 1980”.
Com a experiência profissional do artista, as novas técnicas e os novos meios de comunicação são seus desafios.
Obras do artista