Myrna Maracajá é uma artista plástica pernambucana, que mora em Ipioca e atua em segmentos no mundo artístico. Ela vai da ilustração à pintura, das esculturas ao artesanato, do street art ao trabalho com sucata e materiais reciclados.
Seu sobrenome, Maracajá, apesar de parecer artístico, é de família e tem origem tupi guarani.
Com memória boa desde nova, uma das inspirações para suas obras são as lembranças de quando vivia no sítio de seus pais, em Timbaúba (PE). Seu contato com a natureza, com os animais, com a mãe terra, como ela mesma diz, foram cruciais para todo o seu crescimento e desenvolvimento intelectual como artista.
“Todos os meus brinquedos da infância eram feitos artesanalmente. Então, a gente tinha essa relação de construir tudo. Antigamente, os avós e parentes nos ensinavam a fazer grude caseiro, e aí vem a questão da colagem, o papel machê… E a gente transita por essas coisas todas”, afirma Maracajá.
A superação aos obstáculos lhe rendiam uma viagem mais profunda, guiada pela capacidade do seu ser em harmonia com o despertar.
A grande paixão de Myrna é o seu traço, sempre bem firme, com linhas fortes e estilos diferentes. Um estímulo para essa habilidade foram os chargistas brasileiros. “Isso foi muito forte. Era o que havia de muito forte, a nível de desenho”.
Em 1996, a artista fez sua primeira exposição de telas em São Paulo, no Conjunto Cultural da Caixa. Foi um ano marcante em sua vida.
Criando o tempo todo, a artista tem muita facilidade para o processo e, por isso, está sempre atenta a tudo.
Para Myrna, a arte é uma linguagem de fala que as pessoas têm. “Acho que os que param e olham são tocados, eles percebem aquele momento. É a mesma situação de um filme, de uma música. A arte para mim é vida, ninguém vive sem arte. Pode acontecer a crise que for, não tem como viver sem arte. Arte é o registro de tudo”.
Obras do artista