O arquiteto e urbanista, professor, escritor e artista plástico, Roberto Farias, tem em seu currículo diversas exposições no mundo artístico e inúmeros trabalhos importantes na área de Arquitetura.
Professor fundador do curso de Arquitetura e Urbanismo do Cesmac, cresceu no bairro do Farol na época em que a urbanização ainda estava acontecendo e a região era rodeada por sítios. Andava muito para sair da casa da mãe e ir até a casa da avó, e eram justamente essas andanças que o inspiravam.
Farias estudava no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), e relembra que a escola naquele tempo estimulava muito os alunos a produzirem trabalhos manuais. “Fabriquei meus brinquedos, pequenas maquetes, futebol de botão”, afirma Costa.
Mas não era só a escola que estimulava o artista. Em casa, os parentes inspiravam e a arte fervilhava, além das avós e tia, um tio Jackson, arquiteto, sempre emprestava sobras de materiais e pedia que Roberto criasse as coisas, e o pai desenhava mapas com requintes de um cartografo. Além da arte no papel com influência da tia pintora, a música era presente na vida de Roberto. Na casa de cada avó tinha um piano.
Com todo esse arcabouço familiar, ainda jovem, Roberto começou a se dar conta de que já fazia algum tipo de arte desde os seis anos. “Tinha pequenas noções, e o desenho era uma maneira muito grande de me expressar e me entreter. Quando as pessoas gostavam dos meus desenhos, eu queria sempre fazer mais” relembra Farias.
O Studio 76, a Casa da Arte e o Iphan são palcos de suas mostras coletivas ou individuais. Para ele, o trabalho artístico precede um trabalho intelectual. “É muito importante pensar e se debruçar. É por isso que alguns trabalhos levam mais tempo e também precisam ser maturados. Eu acredito que a inspiração é a vida, é o cotidiano, os encontros, os próprios desencontros, os registros, a memória e as emoções. Quando você pinta é uma catarse, você está colocando para fora o que está sentindo. Quando você esculpe é a mesma coisa”, pondera Farias.
Obras do artista