Nascido em Flexeiras (AL), Marcos Sapata se mudou aos cinco anos para São Miguel dos Campos (AL), onde vive até hoje. O primeiro contato do artista plástico, artesão e escultor com o mundo da arte foi através do esporte. Ele, quando criança, praticava capoeira e teve até que produzir o seu próprio berimbau.

Mediante o conhecimento que adquiriu ao construir o instrumento, com a cabaça, fez vários outros objetos. Porém, tudo não passava de uma brincadeira.

Somente tempos depois, quando começou a ter contato com o barro e a ter instruções, Sapata descobriu o seu potencial no mundo da arte. Isso aconteceu por meio de uma oficina na Casa de Cultura, em São Miguel dos Campos. “Foi a partir da oficina que tive o conhecimento técnico. Daí então foi que comecei a me desenvolver mais no mundo da arte”, diz Sapata.

Sapata se inspira em suas origens, na cultura que conhece e nas observações que faz. “Gosto de morar em bairros, em ruas com gente. Gente de diversas classes sociais, crianças na rua brincando, idosos na porta de casa. É isso que me inspira”.

Quando faz esculturas de rostos, ele detalha que seus traços são mais voltados ao povo africano, principalmente no barro. “Tenho minha mãe como referência, uma mulher negra, e tenho esse toque especial. É minha marca”, explica o artista.

Além do trabalho com o barro, atualmente, Sapata faz prendedores de roupa gigantes. E olha que tudo começou com um trabalho voluntário em escolas e creches. Todos eles contam uma história e a maioria faz parte da cultura de Alagoas, do folclore alagoano.

“Eu precisava, de alguma forma, prender a atenção das crianças. Daí, comecei a fazer bonequinhos com prendedores de roupas pequenos, quando um amigo surgiu com a ideia de fazê-los gigantes”, finaliza Sapata.

Obras do artista