As obras da artista visual Maria Amélia Vieira sempre buscaram o diálogo entre a arte erudita e a arte popular. Desde a década de 1980, quando começou como artista, fazia uma técnica mista.
Iniciou na colagem, passou pela pintura, pelo desenho e pelo papel. Chegou às telas com a tinta acrílica, depois incorporou a cerâmica em seu universo de trabalho, mas fincou os pés e as mãos na arte popular, no sentido da técnica e da prática.
Desde a sua primeira exposição individual, na Galeria Alternativa, em Maceió (AL), nos anos 1980, seu trabalho ganhou corpo em exposições coletivas, galerias e espaços culturais de cidades e capitais do Brasil. A partir dos anos 1990, seu reconhecimento ganhou o mundo, com trabalhos expostos na Embaixada do Brasil em Tóquio (Japão) em 2000; no Mission Cultural Center, em São Francisco (EUA), em 2000; na Neuhoff Gallery, em New York (EUA) no ano de 1998; e no Projeto Brasil, na Galerie Le Hors, em Marselha na França (1993).
Além disso, seu trabalho também compõe os acervos do Museu Sant’Egídio, em Roma (Itália); Galeria Documenta, em São Paulo (SP); Caixa Econômica Federal de Brasília; AM Design Belo Horizonte (MG), Cláudio Bernardes Stúdio 999, no Rio de Janeiro (RJ); Salão Rogério Steinberg e da Fundação Pierre Chalita, em Maceió (AL).
A arte em Alagoas só deve ser contada se incluir um reconhecimento imenso, gigante, para Maria Amélia e seu marido Dalton, figuras estratégicas desta resiliência que é o fazer da arte.
Com o passar dos anos, Maria Amélia ficou conhecida como a “guardiã” da cultura popular alagoana, descobrindo novos talentos dessa arte e abrindo sua galeria Karandash de Arte Popular e Contemporânea.
Os projetos “Tecendo a Manhã” e o barco-museu no “Balanço das Águas”, os quais levam à crianças, jovens, escultores, artesãos e bordadeiras de povoados às margens do rio São Francisco a oportunidade de obterem novos conhecimentos artísticos, definitivamente, é máximo.
Obras do artista