O pintor Ednilson Salles Tenório é um artista alagoano, natural de Maceió.
Desde os anos 1970 e com um talento precoce, estudou com grandes pintores, como Getúlio Mota e Pierre Chalita, dos quais herdou as pinceladas largas, para depois criar uma linguagem própria e inconfundível.
Em sua escola de pintura, localizada no Centro, Salles criou uma nova geração de pintores. E apesar de hoje não mais ser um problema, a paz de seu trabalho é interrompida a todo instante pelo barulho do trem que passa nos trilhos logo em frente.
Após lidar com fases distintas em sua arte, antes com temas florais e marinhos, Salles agora traz novos contornos, com foco na cultura popular de Alagoas.
“O tempo passou e eu comecei a estudar os folguedos e o folclore alagoano. Foi quando me aproximei do pessoal do Museu Théo Brandão e passei a pintar os brincantes das Alagoas. Meus trabalhos divulgam os folguedos alagoanos, o cotidiano do povo e suas crenças, pintados em acrílico sob tela ou sob a forma de estandartes”, afirma Tenório.
Salles é formado em Artes Plásticas, professor colaborador do Centro de Artes de Alagoas (Cenarte) e diretor da escola de artes plásticas que leva seu nome. Figura obrigatória em importantes catálogos nacionais, a exemplo do crítico de arte de São Paulo, Júlio Lousada. Hoje, Salles vive inteiramente de sua obra. Impulsiona sua mais valia e faz arte aplicada como poucos. Criou novas vertentes de trabalhos artísticos como ilustrador, desenhista, capista de livros, pintura de camisas, peças de cerâmica e pinturas em adereços, como chinelas, e a colorização e estilização de tênis. “Abri um leque maior de ofertas, pois preciso sobreviver da arte que faço”, diz Tenório.
Obras do artista