Agélio Novaes, nascido em Viçosa, é alagoano raiz. No entanto, sua vida profissional teve início em Recife, após se formar em Desenho Industrial e começar a trabalhar como desenhista do metrô da capital pernambucana.
Agélio descobriu sua vocação aos cinco anos de idade, pintando e colorindo cadernos de desenho, e utilizando papel machê. Aos dez anos, seu pai o matriculou na escola Tapete Mágico, ateliê do mestre Lourenço Peixoto. “Lá recebi as primeiras lições de arte, como trabalhar a luz e a sombra”, diz Novaes.
Aos 20 anos, já formado, pôs uma pitada das técnicas que aprendeu na universidade em suas telas e dentro do figurativo de seus personagens. Hoje, aposentado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Agélio comemora seus 40 anos de arte no papel com famosas colagens e seu novo ateliê em Guaxuma.
Foi por meio de catálogos que ele recebeu seu primeiro grande cachê, ao passar em um concurso que lhe rendeu a capa da Lista Telefônica de Pernambuco, em 1980. Suas obras são feitas a partir de colagens confeccionadas com papel machê, couché, laminados e cola transparente. A técnica surgiu ainda na infância.
“O que se vê em minhas colagens é parte da minha vivência em Jaraguá, onde morei. São cenas da movimentação no cais, da boemia. Sem falar no tempo que vivi no Centro do Recife, região que é um celeiro e tanto para observação”, afirma Novaes.
Em 1994, recebeu um convite da Associação Teatral das Alagoas (ATA) e tornou-se também, cenógrafo.
Vivendo da arte, ele continua na ativa, preferencialmente nas madrugadas, muitas vezes encontrando o nascer do sol na praia de Guaxuma, um cenário de rara beleza. “Aqui é meu lugar, onde tenho minhas ideias, recebo as pessoas e faço minha arte. Arte para mim é vida, tudo o que sempre quis”, finalizou Novaes.
Obras do Artista